Introdução e Prática de aquarela

Sesc São Caetano
09,16, 26, 30 de outubro, 06, 13 e 27 de novembro de 2018
terças das 19h às 21h30

apresentação de obras de artistas que se utilizaram ou utilizam da aquarela como meio de expressão;

demonstração da técnica através da experiência;

prática da pintura de observação direta e;

reflexão sobre a aquarela.

O objetivo central do curso é apresentar e praticar a aquarela como mancha através da observação direta e sem rascunho. Seremos desafiados a explorar a aquarela procurando representar a luz e sombra pela reserva dos pontos mais claros e da sobreposição de transparências para representar os volumes. A natureza morta, o modelo vivo, a paisagem e o autorretrato serão nossos assuntos. A prática será inspirada pela apresentação da obra de vários artistas que trabalharam ou trabalham com aquarela e, ao final de cada aula, nos reuniremos em torno da produção do grupo e faremos uma breve reflexão.

pré-requisitos

Não há pré-requisitos para o curso. A pontualidade será observada para que se possa aproveitar os encontros ao máximo.

público alvo

Público em geral, iniciantes ou não — ou seja, todos os interessados em produzir aquarelas. Não precisa saber desenhar, mas é importante que a pessoa sinta-se disposta a produzir através da observação direta. O desenho não será exercitado diretamente mas, certamente, essa habilidade se desenvolverá à medida que se aprende mais sobre o pensamento da “não linha”. Quem já fez o curso é bem-vindo para vivenciá-lo novamente visto que os desafios da pintura se renovam, mesmo diante de exercícios praticados anteriormente.

Nosso curso:

aula 1
09.10.2018

Natureza Morta

Apresentações da professora e alunos [15min];

Explicação sobre o programa do curso e a estrutura das aulas (teoria, prática e reflexão)[10min];

Apresentação dos materiais — diferentes tipos de papéis, pincéis e tintas [25min];

Prática – fazer aquarelas através da observação de uma composição com garrafas e xícaras.

Reflexão [30 minutos finais]: comentar (toda a turma) a produção do grupo.

aula 2
16.1018

Natureza morta – vaso de lírios –

Prática 
1: aquarela de observação de um vasinho de lírios. 

Reflexão [30 minutos finais]: comentar (toda a turma) a produção do grupo.

A aquarela pode ser construída sem o recurso do rascunho à lápis, mas com uma pré-pintura que reserva a figura central do fundo:

aula 3
23.10.18 

O Sesc

Apresentação de alguns conceitos de como representar ambientes – alguns toques sobre perspectiva 

Prática 
1: aquarela de observação da unidade

Reflexão [15 minutos finais]: comentar (toda a turma) a produção do grupo.

aula 4
30.10.18 

Autorretrato na colher

Prática 
1: aquarela de observação da mão segurando uma colher

Reflexão [30 minutos finais]: comentar (toda a turma) a produção do grupo.

aula 5
06.11.18 

Trabalho pessoal de observação direta *1*

Prática:

Desenvolver uma aquarela de observação de uma cena proposta por cada aluno. Cada um deve trazer os objetos para montar a cena. No mínimo três elementos. 

Reflexão [30 minutos finais]: comentar (toda a turma) a produção do grupo.

aula 6
13.11.18 

Trabalho pessoal de observação direta -cont-

Prática:

Desenvolver uma aquarela de observação de uma cena proposta por cada aluno. Cada um deve trazer os objetos para montar a cena. No mínimo três elementos. 

Reflexão [30 minutos finais]: comentar (toda a turma) a produção do grupo.

aula 7
27.11.18 

Encadernação

Encadernação Copta

>>> cada aluno deve trazer material para fazer as capas dos cadernos

Tutorial da encadernação copta:

Materiais

Para quem estiver interessado em investir nos materiais de aquarela, algumas sugestões seguem abaixo:

papéis

É importante que cada um tenha à mão papeis indicados para aquarela. Há muitas possibilidades, como sugeridos abaixo.

Aquele tipo de papel que comumente chamamos de “canson” não é bom para aquarela pois se desfaz quando se trabalha com sobreposição de camadas.  No entanto, a canson fabrica um bloco de papel que se chama “Aquarela e que é recomendável, por não ser muito caro, para quem está começando.

Os papéis preferidos da professora são o Roma da Fabriano, o Arches da Canson e o Fabriano Artístico.

Papeis Hahnemuehle bamboo, Britania, Cotman ou Fabriano para aquarela respondem bem;

O Monval liso e o XL são bons para quem está começando;

Curiosamente, o papel INGRES (de prova para gravura) da Hahnemuehle, responde bem à várias demãos e ao pigmento da aquarela e são recomendados por sua relação custo benefício. Dê preferencia às cores mais claras do papel (ele é comercializado em muitas tonalidades e é mais facilmente encontrado na Pintar! e na Casa do Artista, mas ligue antes para confirmar se tem). Papeis de prova para gravura de outras marcas não apresentam resultado semelhante (afinal, são para gravura).

tintas

Lápis aquareláveis não serão usados ao longo do curso.
Não precisa de branco porque não o usaremos em aula.

Há dois tipos de aquarelas comerciais prontas — as em bloco e as em bisnaga. Cada pessoa pode escolher o jeito que prefere trabalhar pois as tintas em bisnaga são mais fáceis de ser diluídas mas precisam de um godê e as em bloco devem vir num estojo ou algo que as organize.

Tintas Rowney, Lukas, Cotmann, Van Gogh são indicadas para o curso.

Rembrandt, Winsor&Newton são linhas profissionais boas.

Old Holland e Schmincke, Maimeiri, Blocx e Qor são linhas profissionais muito boas e as preferidas da professora.

Cores indicadas para se começar:

ocre,

siena queimada,

sombra queimada (e/ ou van dyck),

azul ultramar (e/ ou cobalto)

alizarim ou quinacridone.

pincéis

O pincel é uma ferramenta pessoal e é recomendável que se experimente uma variedade deles para que se encontre o que gosta. Pincéis para aquarela devem ter as cerdas bem macias. Os pincéis devem ser redondos e mais grossos,  à partir de 6mm de “bitola”. Não precisa de pincel pequeno para a aula.

Pincéis chineses ou japoneses (conhecidos como fudês) são muito ricos para linhas e manchas e são muito recomendáveis. Há vários com preços ascessíveis no mercado. A rede de lojas Daiso comercializa um tipo de pincel sintético bom (o de pelo natural solta as cerdas facilmente, não é tão bom);

A tigre faz um pincel de orelha de boi que é aceitável.

Os melhores são muito macios e transferem a tinta de forma gradual para o papel. Marta, esquilo, sable são pelos animais muito bons.

Há linhas sintéticas que simulam os pelos naturais, como o Keramik 705 n. 08 que é uma ótima opção custo/ benefício.