Encontro com a aquarela no Sesc São José dos Campos

Sesc São José dos Campos

19, 20, 26 e 27 de setembro de 2018

das 14h30 às 17h30

A proposição central desse mini-curso de quatro encontros é apresentar e praticar a aquarela como mancha através do convite ao olhar demorado de observação direta, sem o recurso da lente/ foto. Seremos desafiados a explorar a aquarela procurando representar a luz e sombra pela reserva dos pontos mais claros e da sobreposição de transparências para representar os volumes. A natureza morta, a paisagem e o autorretrato serão nossos assuntos — todos de observação direta e dentro de uma proposta de “pintar pintando” e sem rascunho. Essa prática será inspirada pela apresentação das obras de vários artistas que trabalharam ou trabalham com aquarela. Além disso, ao final de cada aula, nos reuniremos em torno da produção do grupo e faremos uma breve reflexão.

objetivos

Apresentar obras contemporâneas e da história;

demonstrar a técnica através da experiência;

praticar pintando de observação direta e

refletir sobre a aquarela.

pré-requisitos

Não há pré-requisitos para o curso. A pontualidade será observada para que se possa aproveitar os encontros ao máximo.

público alvo

Público em geral, iniciantes ou não — ou seja, todos os interessados em produzir aquarelas. Não precisa saber desenhar, mas é importante que a pessoa sinta-se disposta a produzir através da observação direta. O desenho não será exercitado diretamente mas, certamente, essa habilidade se desenvolverá à medida que se aprende mais sobre o pensamento da “não linha”. Quem já fez o curso é bem-vindo para vivenciá-lo novamente visto que os desafios da pintura se renovam, mesmo diante de exercícios praticados anteriormente.

Nosso curso:

aula 1
19.09.2018

Natureza Morta

apresentações e aquarela de uma cadeira

Apresentações da professora e alunos [10min];

Explicação sobre o programa do curso e a estrutura das aulas (teoria, prática e reflexão)[10min];

Apresentação dos materiais — diferentes tipos de papéis, pincéis e tintas [25min];

Prática – fazer aquarelas através da observação de uma cena composta por um pratinho, uma xícara e uma fruta. Começar a construir a imagem através do que “não é”  — o que se chama de “reserva”.

aula 2
20.09.18 

Natureza Morta (2)

Momento teórico [30 min]: 4 imagens para nos inspirar: Renata Cruz, Sidney Amaral, Avigdor Arikha e Mauricio Parra

Prática [2h]: cenas de natureza morta — composições com caixas e embalagens.

Discussão [30 minutos finais]: toda turma é convidada a apreciar, refletir e comentar sobre a produção do grupo.

aula 3
26.09.18 

pintura en plein air

Pintura en plein air no parque Santos Dumont.

Além do kit de aquarela (papel, pincel e tintas), os alunos devem levar:

  • Água e copinho;
  • base ou suporte para o trabalho;
  • fita adesiva ou prendedores de papel (o vento pode atrapalhar);
  • pano e papel toalha.   
inspirações :: Margaret Mee

inspirações :: Margaret Mee

24/05/2018

da Wikipedia: Margaret Ursula Mee (Chesham, 22 de maio de 1909 — Seagreve (Leicestershire), 30 de novembro de 1988) foi uma artista botânica inglesa que se especializou em plantas da Amazônia brasileira . Estudou arte na “St. Martin’s School of Art”, no “Centre School of Art” e na “Camberwell School of Art” em Londres, recebendo o diploma de pintura e design em 1950. Mudou-se para o Brasil com Greville, seu segundo marido, em 1952 para ensinar arte na Escola Britânica de São … Read More

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aula 4
27.09.2018

Autorretrato na colher

Momento teórico [20 min] – o autorretrato. Artista: a obra de Sidney Amaral;

Prática – aquarela de observação de autorretrato segurando uma colher;

Discussão [30 minutos finais]: toda turma é convidada a apreciar, refletir e comentar sobre a produção do grupo. 

Materiais

Para quem estiver interessado em investir nos materiais de aquarela, algumas sugestões seguem abaixo:

papéis

É importante que cada um tenha à mão papeis indicados para aquarela. Há muitas possibilidades, como sugeridos abaixo.

Aquele tipo de papel que comumente chamamos de “canson” não é bom para aquarela pois se desfaz quando se trabalha com sobreposição de camadas.  No entanto, a canson fabrica um bloco de papel que se chama “Aquarela e que é recomendável, por não ser muito caro, para quem está começando.

Os papéis preferidos da professora são o Roma da Fabriano, o Arches da Canson e o Fabriano Artístico.

Papeis Hahnemuehle bamboo, Britania, Cotman ou Fabriano para aquarela respondem bem;

O Monval liso e o XL são bons para quem está começando;

Curiosamente, o papel INGRES (de prova para gravura) da Hahnemuehle, responde bem à várias demãos e ao pigmento da aquarela e são recomendados por sua relação custo benefício. Dê preferencia às cores mais claras do papel (ele é comercializado em muitas tonalidades e é mais facilmente encontrado na Pintar! e na Casa do Artista, mas ligue antes para confirmar se tem). Papeis de prova para gravura de outras marcas não apresentam resultado semelhante (afinal, são para gravura).

tintas

Lápis aquareláveis não serão usados ao longo do curso.
Não precisa de branco porque não o usaremos em aula.

Há dois tipos de aquarelas comerciais prontas — as em bloco e as em bisnaga. Cada pessoa pode escolher o jeito que prefere trabalhar pois as tintas em bisnaga são mais fáceis de ser diluídas mas precisam de um godê e as em bloco devem vir num estojo ou algo que as organize.

Tintas Rowney, Lukas, Cotmann, Van Gogh são indicadas para o curso.

Rembrandt, Winsor&Newton são linhas profissionais boas.

Old Holland e Schmincke, Maimeiri, Blocx e Qor são linhas profissionais muito boas e as preferidas da professora.

Cores indicadas para se começar:

ocre,

siena queimada,

sombra queimada (e/ ou van dyck),

azul ultramar (e/ ou cobalto)

alizarim ou quadrinacridone.

pincéis

O pincel é uma ferramenta pessoal e é recomendável que se experimente uma variedade deles para que se encontre o que gosta. Pincéis para aquarela devem ter as cerdas bem macias. Os pincéis devem ser redondos e mais grossos,  à partir de 6mm de “bitola”. Não precisa de pincel pequeno para a aula.

Pincéis chineses ou japoneses (conhecidos como fudês) são muito ricos para linhas e manchas e são muito recomendáveis. Há vários com preços ascessíveis no mercado. A rede de lojas Daiso comercializa um tipo de pincel sintético bom (o de pelo natural solta as cerdas facilmente, não é tão bom);

A tigre faz um pincel de orelha de boi que é aceitável.

Os melhores são muito macios e transferem a tinta de forma gradual para o papel. Marta, esquilo, sable são pelos animais muito bons.

Há linhas sintéticas que simulam os pelos naturais, como o Keramik 705 n. 08 que é uma ótima opção custo/ benefício.