Aqui se pretende ser um espaço de registro do que planejei {e o que apareceu sem planejamento} no curso de Aquarela [introdução] no Sesc Pompeia.

aula 1 – 13/09/2016

página do Curso nas Oficinas de Criatividade do Sesc Pompeia

direcionamentos (arquivo PDF que apresentei na tela da sala)

exercício: aquarela da cadeira

 

aula 2 – 20/09/2016

falamos sobre o conceito do “recorte” ou “reserva” na aquarela. Mostrei algumas aquarelas minhas e um caderno de 2010.

mostrei algumas obras de Giorgio Morandi

E aqui algumas imagens da nossa aula:

 

aula 3 – 27/09/2016

Modelo Vivo.

mostrei duas animações que fiz de duas aquarelas para ilustrar um pouco mais o raciocínio da reserva. Me utilizei do PAPEL HAHNEMUHLE 100g/m2 62,5×48 para Provas em Gravura em Metal. É isso mesmo: usei papel de gravura. Ele se mostra uma alternativa bem ok porque aguenta muitos banhos de água e segura bem as camadas de tinta. Não é oficial para isso, mas seu preço gira em torno de R$8 na Pintar. Outra vantagem são suas cores (podemos encontrar um cinza, um pardo, um verde, um creme e o branco).

Luanna Jimenez posou pra gente. Modelo vivo é um eterno aprendizado.

 

aula 4 – 04/10/2016

Assunto: Natureza Morta

Mostrei as obras de Avigdor Arikha;

Para inspirá-los escolhi um trecho da prosa de Bruno Schulz.

Eu comentei en passant sobre a obra da artista Helen Ström, sueca radicada na França. Como não mostrei as imagens, registro o link aqui. Posso estar sendo injusta, mas algumas imagens demosntram uma certa “fórmula para o sucesso” (pinceladas, gotas etc.), outras são muito bacanas, muito sinceras. Vejam o blogue dela e tirem suas próprias conslusões. Me perdoem se já de antemão interfiro nesse primeiro contato com ela.

Nos perguntamos sobre tinta de beterraba, sobre café. Vamos pesquisar mais?
Será que funga? Que desbota? Como se comporta por baixo de uma nova camada?

Falamos também sobre o uso das lentes como recurso (o que eu tenho muito receio de soar aqui como um “sinal verde” para que se produza a partir de fotos. Reforço que se eu achasse super legal, a gente não ficaria fazendo aquarela de observação — a gente ligava um projetor na sala. Nossa aula é sobre o olhar, o olhar direto, sem interferências por isso lhes convoco para a observação direta sempre!). Mas há formas e formas de se utilizar a lente como ferramenta. Peço muita cautela com esse recurso fácil da foto de celular — e pintar a partir da imagem achatada (bidimensional) e de cores reduzidas que a tela brilhante ou a fotografia nos dão. De qualquer forma, acho muito importante a discussão. David Hockney fez uma pesquisa seríssima e a registrou nesse documentário para a BBC (parte 1 e parte 2) e num livro também.

Trabalhamos em três cenas de natureza morta — a primeira de um arranjo de flores feita pela Carol, outra de duas maçãs e a última de um crânio de babuíno. Um lindo aprendizado. Ficou um dever de casa: praticar mais a observação de objetos transparentes e objetos que refletem — como fazer sua reserva, seu reflexo etc? Perguntas que sempre se renovam e sempre serão desafios!

 

aula 5 – 11/10/2016

Assunto: Modelo Vivo

Nessa aula a Luanna ficou numa pose que se repetirá na aula de 25/10. A ideia é efetivamente praticar a aquarela por camadas, uma vez que retornaremos a ela na segunda aula. A minha indicação foi a de se fazer o recorte e o fundo (tudo o que havia ao redor da modelo) com mais ênfase do que o corpo humano — que será trabalhado na segunda demão.

Veja aqui o registro da aula:

 

aula 6 – 18/10/2016

Nanquim e Natureza Morta
Cinza é cor! Artista: Wu Guanzhong
Prática – aquarela de observação de natureza morta com legumes e frutas — objetos mais próximos, perto da mesa (montarmos cenas para cada dupla ou trio) se utilizando apenas do nanquim aguado para elaborar as imagens.

Veja aqui o registro da aula:

aula 7 – 25/10/2016

Modelo Vivo – última sessão da Luanna na pose em pé.

Na minha opinião muitas aquarelas tiveram um entendimento legal da luz, da proporção e da relação entre as formas do corpo. Gostei muito do que vi!

aula 8 – 01/11/2016

A Paisagem
 
Nosso curso pretende abordar os três gêneros — Natureza Morta, Nu e Paisagem.
A paisagem — que tanto pode ser retratada na natureza pura (algo romântico, “intocado” ou distante do Homem) bem como a pasisagem urbana. Como nosso meio é a cidade, escolhi abordar, apenas para contrastar, dois artistas Românticos Ingleses e um pré impressionista (isso, eu quem digo, porque em teoria o Turner é romântico também) — Alexander Cozens, John Constable e Joseph Mallord William Turner.
Eu brinquei em aula, mas registro aqui: os ingleses usavam branco e desenhavam bastante antes de aquarelar. No nosso curso isso é impensável. Na história da arte, super comum. Fico devendo os românticos dinamarqueses que também tem paisagens de guache/ aquarela lindíssimas, como os céus de Christen Købke.
Alexander Cozens (1717–1786)
foi filho de um influente e muito bem relacionado inglês (Richard Cozens) e construtor de navios para o imperador Russo Pedro I. Nasceu em São Petesburgo. Viajou e quando se instalou de fato na Inglaterra, passou a dar aulas de aquarela e escreveu um tratado sobre a “blot technique”, quando desenvolvia paisagens imaginárias lindíssimas a partir de uma mancha. Não se deve negar a influência oriental sobre a obra do homem. Há muitas informações bacanas sobre ele:
Aqui as imagens que selecionei e mostrei para vocês:
John Constable (1776 – 1837)
Muito conhecido pelas paisagens do Dedham Valle na Inglaterra, foi um importante pintor inglês. Era um artista que primava pela observação direta, muitas vezes levando telas bem grandes para esboçar ao vivo. Ele achava que nada poderia substituir o olhar direto para a natureza.
No site da Tate há belas imagens de sua obra.
Aqui, há bastante informação
Aqui o que selecionei e mostrei na aula:

 

William Turner (1775 – 1851)

O mais badalado paisagista inglês. Não é para menos, quem já viu suas pinturas deixou o queixo no chão da galeria. Dentre as aquarelas, um destaque para seus cadernos de artista.
A coleção dele na Tate online.
Há um filme sobre ele de 2014 — Mr. Turner
Deliciem-se:

 

 

E aqui vocês no deck do Sesc (perdoem-me por não ter registrado os trabalhos):

 

 

aula 9 – 08/11/2016

Modelo Vivo (primeira sessão de duas).

Antes da Luanna posar para a gente, mostrei um pouco da obra de Georgia O’Keeffe nesse post também meu.

E aqui vocês trabalhando:

 

Aula 10

O papel (nesse link vocês podem assistir novamente aos três vídeos sobre a produção de papel na China, no Japão e na Itália).
modelo vivo (última sessão):

Aula 11  [06/12] ::

Parque da Água Branca

Aula 12 [13/12]

Momento teórico [20 min] – o caderno de artista.

Achei esse tutorial bem explicativo. De qualquer modo, abaixo temos o material que a Thábata nos cedeu gentilmente:

Prática – os alunos podem escolher o que produzir — natureza morta ou paisagem ou podemos fazer uma breve oficina de encadernação japonesa. Para isso, devem trazer papéis para capa e miolo.
Exposição, reflexão e discussão sobre a produção e condução do curso.

Aqui o registro de alguns (poucos, desculpem-me, estávamos muito envolvidos fazendo!) cadernos: